domingo, 14 de novembro de 2010

Tudo sobre Fungos

Introdução

Os fungos constituem um grupo de microrganismos que têm grande interesse prático e científico para os microbiologistas. Suas manifestações são familiares: todos já viram os crescimentos em laranjas, limões e queijos, nas prateleiras de armazéns. De um modo geral, os fungos incluem os bolores e as leveduras. A palavra bolor tem emprego pouco nítido, sendo usada para designar os mofos, as ferrugens e o carvão.

Enfim, podem ser úteis ao ser humano auxiliando na produção de bens de consumo, mas também prejudicial á saúde causando doenças. O que será abordado abaixo são estudos com bases na reprodução, características, vida, estrutura e utilização desse ser para o beneficio do homem.



FUNGOS

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais e, somente a partir de 1969, passaram a ser classificados em um reino à parte. Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem sua diferenciação das plantas: não sintetizam clorofila, não tem celulose na sue parede celular, exceto alguns fungos aquáticos e não armazena amido como substância de reserva.

A presença de substâncias quitinosas na parede da maior parte das espécies fúngicas e a sua capacidade de depositar glicogênio os assemelham às células animais. Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores.

Seu citoplasma contém mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso. São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta - fungos saprofíticos, ou viva—fungos parasitários. Suas células possuem vida independente e não se reúnem para formar tecidos verdadeiros. Os componentes principais da parede celular são hexoses e hexoaminas, que formam mananas, ducanas e galactanas. Alguns fungos têm parede rica em quitina (N-acetil glicosamina), outros possuem complexos polissacarídeos e proteínas, com predominância de cisteína.

Fungos do gênero Cryptococcus, como o Cryptococcus neoformans apresentam cápsula de natureza polissacarídica, que envolve a parede celular. Protoplastos de fungos podem ser obtidos pelo tratamento de seus cultivos, em condições hipertônicas, com enzimas de origem bacteriana ou extraídas do caracol Helix pomatia. Os fungos são ubíquos, encontrando-se no solo, na água, nos vegetais, em animais, no homem e em detritos, em geral. O vento age como importante veiculo de dispersão de seus propágulos e fragmentos de hifa.



Estrutura dos fungos

Os fungos podem se desenvolver em meios de cultivo especiais formando colônias de dois tipos:

- leveduriformes;

- filamentosas.

As colônias leveduriformes são pastosas ou cremosas, formadas por microrganismos unicelulares que cumprem as funções vegetativas e reprodutivas. As colônias filamentosas podem ser algodonosas, aveludadas ou pulverulentas; são constituídas fundamentalmente por elementos multicelulares em forma de tubo—as hifas. As hifas podem ser contínuas ou cenocíticas e tabicadas ou septadas. Possuem hifas septadas os fungos das Divisões Ascomycota, Basidiomycota e Deuteromycota e hifas cenocíticas, os das Divisões Mastigomycota e Zygomycota.

Ao conjunto de hifas, dá-se o nome de micélio. O micélio que se desenvolve no interior do substrato, funcionando também como elemento de sustentação e de absorção de nutrientes, é chamado de micélio vegetativo.

O micélio que se projeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo é o micélio aéreo. Quando o micélio aéreo se diferencia para sustentar os corpos de frutificação ou propágulos, constitui o micélio reprodutivo.

Os propágulos ou órgãos de disseminação dos fungos são classificados, segundo sua origem, em externos e internos, sexuados e assexuados. Embora o micélio vegetativo não tenha especificamente funções de reprodução, alguns fragmentos de hifa podem se desprender do micélio vegetativo e cumprir funções de propagação, uma vez que as células fúngicas são autônomas.

Estes elementos são denominados de taloconídios e compreendem os: blastoconídios, artroconídios, clamidoconídios.

Os blastoconídios, também denominados gêmulas, são comuns nas leveduras e se derivam por brotamento da célula-mãe. As vezes, os blastoconídios permanecem ligados à célula-mãe, formando cadeias, as pseudo-hifas, cujo conjunto é o pseudomicélio.

Os artroconídios são formados por fragmentação das hifas em segmentos retangulares. São encontrados nos fungos do gênero Geotrichum, em Coccidioides immitis e em dermatófitos.

Os clamidoconídios têm função de resistência, semelhante a dos esporos bacterianos. São células, geralmente arredondadas, de volume aumentado, com paredes duplas e espessas, nas quis se concentra o citoplasma. Sua localização no micélio pode ser apical ou intercalar. Formam-se em condições ambientais adversas, como escassez de nutrientes, de água e temperaturas não favoráveis ao desenvolvimento fúngico.

Entre outras estruturas de resistência devem ser mencionados os esclerócios ou esclerotos, que são corpúsculos duros e parenquimatosos, formados pelo conjunto de hifas e que permanecem em estado de dormência, até o aparecimento de condições adequadas para sua germinação. São encontrados em espécies de fungos das Divisões Ascomycota, Basidiomycota e Deuteromycota.





CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS

O Reino Fungi é dividido em seis filos ou divisões dos quais quatro são de importância médica: Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e Deuteromycota.

DIVISÃO ZYGOMYCOTA

Inclui fungos de micélio cenocítico, ainda que septos podem separar estruturas como os esporângios. A reprodução pode ser sexuada, pela formação de zigosporos e assexuada com a produção de esporos, os esporangiosporos, no interior dos esporangios. Os fungos de interesse médico se encontram nas ordens Mucorales e Entomophthorales.

DIVISÃO ASCOMYCOTA

Agrupa fungos de hifas septadas, sendo o septo incompleto, com os típicos corpos de Woronin. A sua principal característica é o asco, estrutura em forma de saco ou bolsa, no interior do qual são produzidos os ascosporos, esporos sexuados, com forma, número e cor variáveis para cada espécie. Algumas espécies produzem ascocarpos e ascostromas no interior dos quais se formam os ascos Conídios, propágulos assexuados. são também encontrados. As espécies patogênicas para o homem se classificam em três classes: Hemiascomycetes, Loculoascomycetes e Plectomycetes.

DIVISÃO BASIDIOMYCOTA

Compreendem fungos de hifas septadas, que se caracterizam pela produção de esporos sexuados, os basidiosporos, típicos de cada espécie. Conídios ou propágulos assexuados podem ser encontrados. A espécie patogênica mais importante se enquadra na classe Teliomycetes.





Divisão Deuteromycota

Engloba fungos de hifas septadas que se multiplicam apenas por conídios e por isso são conhecidos como Fungos Imperfeitos. Os conídios podem ser exógenos ou estar contidos em estruturas como os picnídios. Entre os Deuteromycota se encontra a maior parte dos fungos de importância médica.



REPRODUÇÃO DOS FUNGOS

Os fungos se reproduzem em ciclos assexuais, sexuais e parassexuais.

Segundo Alexoupolos, a reprodução assexuada abrange quatro modalidades:

1) fragmentação de artroconídios;

2) fissão de células somáticas;

3) brotamento ou gemulação do blastoconídios-mãe;

4) produção de conídios.

Os conídios representam o modo mais comum de reprodução assexuada; são produzidos pelas transformações do sistema vegetativo do próprio micélio. As células que dão origem aos conídios são denominadas células conidiogênicas. Os conídios podem ser hialinos ou pigmentados, geralmente escuros - os feoconídios; apresentam formas diferentes— esféricos, fusiformes, cilíndricos, piriformes etc. ter parede lisa ou rugosa; serem formados de uma só célula ou terem septos em um ou dois planos; apresentar-se isolados ou agrupados. As hifas podem produzir ramificações, algumas em plano perpendicular ao micélio, originando os conidióforos, a partir dos quais se formarão os conídios. Normalmente, os conídios se originam no extremo do conidióforo, que pode ser ramificado ou não. Outras vezes, o que não é muito freqüente nasce em qualquer parte do micélio vegetativo, e neste caso são chamados de conídios sésseis, como no Trichophyton rubrum. O conidióforo e a célula conidiogênica podem formar estruturas bem diferenciadas, peculiares, o aparelho de frutificação, também denominado de conidiação que permite a identificação de alguns fungos patogênicos. No aparelho de conidiação tipo aspergilo, os conídios formam cadeias sobre fiálides, estruturas em forma de garrafa, em torno de uma vesícula que é uma dilatação na extremidade do conidióforo.





Conídios de Aspergillus agrupados em forma de cabeça, ao redor de uma vesícula. Nos penicílios falta a vesícula na extremidade dos conidióforos que se ramificam dando a aparência de pincel. Como no aspergilo, os conídios formam cadeias que se distribuem sobre as fiálides. Quando um fungo filamentoso forma conídios de tamanhos diferentes, o maior será designado como macroconídio e o menor microconídio. Alguns fungos formam um corpo de frutificação piriforme denominado picnídio, dentro do qual se desenvolvem os conidióforos, com seus conídios os picnidioconidios (Fig.7). Essa estrutura é encontrada na Pyrenochaeta romeroi, agente de eumicetoma.



Os propágulos assexuados internos se originam de esporângios globosos, por um processo de clivagem de seu citoplasma, e são conhecidos como esporoangiosporos ou esporos. Pela ruptura do esporângio, os esporos são liberados.



Os esporos sexuados se originam da fusão de estruturas diferenciadas com caráter de sexualidade. O núcleo haplóide de uma célula doadora funde-se com o núcleo haplóide de uma célula receptora, formando um zigoto. Posteriormente, por divisão meiótica, originam-se quatro ou oito núcleos haplóides, alguns dos quais se recombinarão, geneticamente.



Mais sobre reprodução:

Reprodução Assexuada

Fragmentação

A maneira mais simples de um fungo filamentoso se reproduzir assexuadamente é por fragmentação: um micélio se fragmenta originando novos micélios.

Brotamento

Leveduras como Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento ou gemulação. Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do genitor, mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células.

Esporulação

Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose, células abundantes, leves, que são espalhadas pelo meio. Cada células dessas, um esporo conhecido como conidiósporo (do grego, kónis = poeira), ao cair em um material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo mofo, bolor etc.

Para a produção desse tipo de esporo a ponta de uma hifa destaca-se do substrato e, repentinamente, produz centenas de conidiósporos, que permanem unidos até serem liberados. É o que acontece com o fungo penicillium, que assim foi chamado devido ao fato de a estrutura produtora de esporos - o conídio - se assemelhar a um pincel.

Ao lado- Micografia eletrônica de varredura mostrando o corpo de frutificação do Penicillium sp. frequente bolor encontrado em frutas. Os pequenos e leves esporos esféricos (conidiósporos) brotam de conídios que surgem na extremidade de uma hifa especializada, o conidióforo.

Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados de flagelos, uma adaptação à dispersão em meio líquido. Por serem móveis e nadarem ativamente, esses esporos são chamados zoósporos.





Reprodução sexuada.

No ciclo reprodutivo de alguns fungos aquáticos, há a produção de gametas flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos. Nos fungos terrestres, existe um ciclo de reprodução no qual há produção de esporos por meiose. Desenvolvendo-se, esses esporos geram hifas haplóides que posteriormente se fundem e geram novas hifas diplóides, dentro dos quais ocorrerão novas meioses para a produção de mais esporos meióticos. A alternância de meiose e fusão de hifas (que se comportam como gametas) caracteriza o processo como sexuado.

O esquema da figura abaixo ilustra um ciclo de reprodução genérico, válido para a maioria dos fungos. Muitos alternam a reprodução sexuada com a assexuada. Em outros, pode ocorrer apenas reprodução sexuada ou apenas a reprodução assexuada.





De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos se inicia com a fusão de hifas haplóides, caracterizando a plasmogamia (fusão de citoplasmas). Os núcleos haplóides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica, n + n).

Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diplóides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haplóides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).

Algumas curiosidades merecem ser citadas a respeito da fase sexuada da reprodução:

antes de ocorrer plasmogamia, é preciso que uma hifa "atraia" a outra. Isso ocorre por meio da produção de feromônios, substâncias de "atração sexual" produzidas por hifas compatíveis;

em muitos fungos, após a plasmogamia decorre muito tempo (dias, meses, anos) até que ocorra a cariogamia;

a produção de esporos meióticos, após a ocorrência de cariogamia, se dá em estruturas especiais, freqüentemente chamadas de esporângios.



METABOLISMO

Os fungos são microrganismos heterotróficos e, em sue maioria, aeróbios obrigatórios. No entanto, certas leveduras fermentadoras, aeróbias facultativas, se desenvolvem em ambientes com pouco oxigênio ou mesmo na ausência deste elemento. Os fungos podem germinar, ainda que lentamente, em atmosfera de reduzida quantidade de oxigênio. O crescimento vegetativo e a reprodução assexuada ocorrem nessas condições, enquanto a reprodução sexuada se efetua apenas em atmosfera rica em oxigênio. Em condições aeróbicas, a via da hexose monofosfato é a responsável por 30% da glicó1ise. Sob condições anaeróbicas, a via clássica, usada pela maioria das leveduras, é a de Embden-Meyerhof, que resulta na formação de piruvato. Algumas leveduras, como o Saccharomyces cerevisiae fazem o processo de fermentação alcoó1ica de grande importancia industrial, na fabricação de bebidas e na panificação. Os fungos produzem enzimas como lipases, invertases, lactases, proteinases, amilases etc., que hidrolisam o substrato tornando-o assimilável através de mecanismos de transporte ativo e passivo. Alguns substratos podem induzir a formação de enzimas degradativas; há fungos que hidrolisam substâncias orgânicas, como quitina, osso, couro, inclusive materiais plásticos.

Muitas espécies fúngicas podem se desenvolver em meios mínimos, contendo amônia ou nitritos, como fontes de nitrogênio. As substâncias orgânicas, de preferência, são carboidratos simples como D-glicose e sais minerais como sulfatos e fosfatos. Oligoelementos como ferro, zinco, manganês, cobre, molibdênio e cálcio são exigidos em pequenas quantidades. No entanto, alguns fungos requerem fatores de crescimento, que não conseguem sintetizar, em especial, vitaminas, como tiamina, biotina, riboflavina, etc.

Os fungos, como todos os seres vivos, necessitam de água para o seu desenvolvimento. Alguns são halofílicos, crescendo em ambiente com elevada concentração de sal.

A temperatura de crescimento abrange uma larga faixa, havendo espécies psicrôfilas, mesófilas e termófilas. Os fungos de importância médica, em geral, são mesófilos, apresentando temperatura ótima, entre 20° e 30°C.

Os fungos podem ter morfologia diferente, segundo as condições nutricionais e a temperatura de seu desenvolvimento. O fenômeno de variação morfolôgica mais importante em micologia médica é o dimorfismo, que se expressa por um crescimento micelial entre 22° e 28°C e leveduriforme entre 35°C e 37°C. Em geral, essas formas são reversíveis. A fase micelial (M) ou saprofítica é a forma infectante e está presente no solo, nas plantas etc. A fase leveduriforme (L ou Y) ou parasitaria é encontrada nos tecidos. Este fenômeno é conhecido como dimorfismo fúngico e se observe entre fungos de importância médica, como Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis, Paracoccidioides brasiliensis, Sporothrix schenckii. Na Candida albicans a forma saprofítica infectante é a leveduriforme e a forma parasitária, isolada dos tecidos, é a micelial. Em laboratório, é possível reproduzir o dimorfismo mediante variações de temperatura de incubação, de tensão de O2 e de meios de cultura específicos. Desta forma foi possível classificar como dimórficos, fungos nos quais era conhecida apenas uma das formas, por exemplo, os agentes de cromoblastomicose.

O pleomorfismo nos dermatófitos se expressa através da perda das estruturas de reprodução ou conídios, com variações morfológicas da colônia. Essas estruturas podem ser recuperadas nos retro cultivos, após a inoculação em animais de laboratório ou em meios enriquecidos com terra. Ainda que o pH mais favorável ao desenvolvimento dos fungos esteja entre 5, 6 e 7, a maioria dos fungos tolera amplas variações de pH. Os fungos filamentosos podem crescer na faixa entre 1,5 e 11, mas as leveduras não toleram pH alcalino. Muitas vezes, a pigmentação dos fungos está relacionada com o pH do substrato. Os meios com pH entre 5 e 6, com elevadas concentrações de açúcar, alta pressão osmótica, tais como geléias, favorecem o desenvolvimento dos fungos nas porções em contato com o ar.

O crescimento dos fungos é mais lento que o das bactérias e sues culturas precisam, em média, de 7 a 15 dias, ou mais de incubação. Com a finalidade de evitar o desenvolvimento bacteriano, que pode inibir ou se sobrepor ao do fungo, é necessário incorporar aos meios de cultura, antibacterianos de largo espectro, como o cloranfenicol. Também podemos acrescentar cicloheximida para diminuir o crescimento de fungos saprófitos contaminantes, de cultivos de fungos patogênicos.

Muitas espécies fúngicas exigem luz para seu desenvolvimento; outras são por ela inibidos e outras ainda mostram-se indiferentes a este agente. Em geral, a luz solar direta, devido à radiação ultravioleta, é elemento fungicida. Por diferentes processos, os fungos podem elaborar vários metabó1itos, como antibióticos, dos quais a penicilina é o mais conhecido e micotoxinas, como aflatoxinas, que lhes conferem vantagens seletivas.



Fungos Patogênicos.

Os microfungos, ou cogumelos microscópicos, causam no homem uma série de doenças, chamados micoses, que ocupam lugar de destaque na patologia tropical. No Brasil há, sobre o assunto, trabalhos importantes, que dizem respeito a diversos ramos da medicina tropical. A maioria dos fungos patogênicos proveio originalmente do solo ou eram parasitas vegetais. Numerosos são também os fungos que produzem doenças em outras culturas, como por exemplo, a murcha e a antracnose no algodão; o carvão e a podridão das raízes da cana, a podridão seca e a podridão rosada da espiga do milho, etc.

IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS

Os fungos são heterotróficos, obtém seu alimento a partir de matéria orgânica, sendo decompositores ou parasitas de seres vivos os quais lhe servem de alimentos. Esses seres, na busca de seu alimento, decompõem o folhelho e as plantas mortas que revestem o solo das regiões florestadas, e degradam os restos de outros organismos. Nesse processo produzem anidrido carbônico, que passa para a atmosfera, e diversas substâncias minerais, que, dissolvidas no solo pela chuva e umidade, constituem alimento para outras plantas.

O fungo saprófitas decompõe resíduos completos de plantas e animais, transformando-os em formas químicas mais simples, que retornam ao solo tornando o solo mais fértil (fertilizantes, humos), mas os crescimentos dos saprofitos também podem causar prejuízo, causando o apodrecimento de matérias utilizado pelo homem:



• Madeira

• Tecidos

• Alimentos e outros artigos



Importância econômica dos fungos

A importância econômica está diretamente ligada ao interesse comercial, benefício ou prejuízo (patógeno) que podem aumentar ou diminuir a sua renda econômica, bem como na área de biotecnologia. Muitos fungos que produzem toxina estão sendo muito utilizado para o uso próprio do ser humano, ou por meio delas transformar em outros produtos de interesse econômico mais rentável.

Decomposição de matéria orgânica (decompositores de lignina, celulose - reciclagem de nutrientes em florestas): atual situação é a possibilidade de limpar o lixo urbano, que possuem um volume extraordinário de produção;

Ataque e decomposição de alimentos (bolor preto, salmão e verde);

Biotecnologia industrial (fermentação, produção de queijo, enzimas como celulase);

Antibiótico (penicilina, ampicilina, notatina, flavicina);

Doenças (patógenos em animal e vegetal);

Danos em colheitas (ferrugem, carvões);

Alimentação direta (Agaricus, Clavaria, Boletus, Lentinus);

Estudos de genética;

Micorriza (simbiose com raízes de plantas vasculares - endomicorriza e ectomicorriza);

Alucinógenos - Psilocybe mexicana (utilizam em cerimônia religiosa no México);

Corantes e tinturas (fungos liquenizados);

Ninhos de beija-flor (fungos liquenizados);

Propriedades antibióticos e feitos medicinais (fungos liquenizados);

Propriedades cicatrizantes (Calvatia cyathiformis).

A fabricação de pães e o amadurecimento de queijos também dependem da atividade saprofítica dos fungos.

Como parasitas, os fungos causam doenças vegetais, humanas e animais, embora a maior parte das micoses seja menos severa que as produzidas por bactérias (bacterioses) ou vírus (viroses).

Mais...

Farmacológica - alguns fungos produzem substâncias de aplicação médica ¬ Penicillium notatum (penicilina) e Erytromyces sp. (eritromicina), por exemplo. De outras espécies são extraídos ativos alucinogênicos, como o Claviceps purpúrea (LSD) e o Amanita muscaria (chá de cogumelo). O Aspergillus flavus produz a aflatoxina, substância de comprovada ação cancerígena. Ela age no fígado, com a ingestão de amendoins e sojas contaminados.

Culinária - os fungos estão presentes em vários pratos do nosso dia-a-dia: o champignon, o shitake, o shimeji e outros da culinária oriental. Também são utilizados no preparo de pães, massas e bebidas alcóolicas e na produção de queijos (Penicillium roquefortii e Penicillium camembertii).

Agricultura - o Metarrhizium anisopliae é utilizado por alguns agricultores no controle biológico de besouros, cigarrinhas e outros insetos nocivos à lavoura. Nos vegetais, prejudica as culturas de arroz, milho, feijão, batata e tomate, entre outras. A doença chamada "ferrugem do café" é causada pelo fungo Hemileia vastatrix. Recentemente, o governo da Colômbia foi acusado de fazer testes o Fusarium oxysporum para combater o cultivo de cocaína, pois ele é considerado um poderoso herbicida biológico. Só que, além de definhar folhas de maconha e cocaína, o fungo pode destruir plantações de tomates e alguns cereais.

Saúde - como são parasitas de vários seres vivos, inclusive o homem, podem causar doenças, como frieira ou pé-de-atleta, sapinho, tinha, micose, pelada e blastomicose, entre outras. Eles se proliferam na pele e na mucosa humana ou em animais que convivem com o homem. Peixes criados em aquário que não está em equilíbrio biológico podem apresentar manchas brancas (ictio). Elas proliferam-se rapidamente e levam o animal à morte se não forem tratadas a tempo.

Liquens

Os liquens são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação.



A natureza dupla do líquen é facilmente demonstrada através do cultivo separado de seus componentes. Na associação, os fungos tomam formas diferentes daquelas que tinha quando isolado, grande parte do corpo do liquen é formado pelo fungo.





A microscopia eletrônica mostra as hifas de fungo entrelaçadas com as algas.





Morfologia

Normalmente existem três tipos de talo:

Crostoso: o talo é semelhante a uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato.



Folioso: o talo é parecido com folhas



Fruticoso: o talo é parecido com um arbusto e tem posição ereta.





Reprodução

Os liquens não apresentam estruturas de reprodução sexuada. O micobionte pode formar conídios, ascósporos ou basidiósporos. As estruturas sexuadas apresentam forma de apotécio. Os esporos formados pelos fungos do líquen germinam quando entram em contato com alguma clorofícea ou cianobactéria.



O fotobionte se reproduz vegetativamente. O líquen pode se reproduzir assexuadamente por sorédios, que são propágulos que contém células de algas e hifas do fungo, e por isídios, que são projeções do talo, parecido com verrugas. O líquen também pode se reproduzir por fragmentação do talo.



Habitat

Os liquens possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões. Normalmente os liquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico. Podem viver em locais como superfícies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que são substratos para outros liquens.



A capacidade do líquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação. Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.





Importância Econômica

Os liquens produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. Esses ácidos também possuem ação citotóxica e antibiótica.



Quando a associação é com uma cianobactéria, os liquens são fixadores de nitrogênio, sendo importantes fontes de nitrogênio para o solo.



Os liquens são extremamente sensíveis à poluição, sobrevivendo de bioindicadores de poluição, podendo indicar a qualidade do ar e até quantidade de metais pesados em áreas industriais.



Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais.



Conclusão:

Durante muitos anos, os fungos foram considerados como vegetais, porém, a partir de 1969, passaram a ser classificados em um reino à parte. Por apresentarem características próprias, tais como: não sintetizar clorofila, não possuir celulose na sua parede celular, exceto alguns fungos aquáticos, e não armazenar amido como substância de reserva, eles foram diferenciados das plantas. Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo. Estão incluídos neste grupo organismos de dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas também muitas formas microscópicas, como bolores e leveduras. Diversos tipos agem em seres humanos causando várias doenças como, por exemplo, micoses.

Outro tipo importante de fungo é o mofo, que surge através dos espórios, células quase microscópicas que encontramos flutuando no ar. Os espórios preferem locais escuros e úmidos para realizar a reprodução, fazem também reprodução sexuada, assexuada e parasexuada. Nota-se uma maior quantidade de mofo em ambientes úmidos, como paredes, gavetas, armários, etc. Estas mesmas células minúsculas também se agrupam em pães, frutas e vegetais, pois buscam alimentos em ambientes propícios para o seu desenvolvimento. Os diversos tipos de micoses que conhecemos são originados por microfungos, atingindo os seres humanos com maior freqüência nos países tropicais, como no Brasil, por exemplo. Na maior parte das vezes, o tratamento para este mal é complicado por tratar-se de uma forma de vida daninha. Muitos medicamentos estão sendo desenvolvidos com o objetivo de livrar o ser humano desta companhia desagradável e prejudicial.

Os fungos por outro lado são muito importantes na produção de fabricação da cerveja, fabricação do vinho, produção de antibióticos (penicilina), produção de vitaminas e de ácidos orgânicos (ácido cítrico).

Junto com eles temos também temos os liquens que são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias.

Por fim podemos observar que fungo vão mais além que bolor de pão, ou mofos, há vários tipos de fungos incluindo também os cogumelos comestíveis ou não, microscópicos e os visíveis a olho nu.











Bibliografia:

http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/fungos.htm

http://campus.fortunecity.com/yale/757/fungos.htm - Auxílio á introdução

http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/mostre-importancia-fungos-homem-meio-ambiente-426270.shtml

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biofungos3.php

sábado, 13 de novembro de 2010

Vírus


Introdução
Os vírus são seres tão pequenos - algumas dezenas de vezes menores que as minúsculas bactérias - que não são visíveis ao microscópio comum, mas apenas ao microscópio eletrônico. São seres muito especiais, pois não são formados por células: consequentemente eles não possuem organização celular. Os vírus necessitam de alguma exigência para sobreviverem, o que será indicado cada fator de sobrevivência no texto a seguir, descrição e classificação dos vírus; vírus envelopados e não envelopados. Capsídio: estrutura e importância do envelope. Genoma viral e classificação dos vírus segundo o seu material genético. Etapas do ciclo infeccioso, replicação; ciclo lítico e lisogênico. Comparação entre vírus de DNA e RNA. Retrovírus. Vírus e a saúde humana. Possíveis interferências dos vírus no processo evolutivo. Importâncias patológicas, e genéticas dos vírus. . O que estudado até entao estará apresentado neste trabalho.
Também abordando dentro da sua estrutura que, dentre os vários grupos de vírus existentes, não existe um padrão único de estrutural viral. A estrutura mais simples apresentada por um vírus consiste de uma molécula de ácido nucléico coberta por muitas moléculas de proteínas idênticas.
                              
Vírus
Conceitos chaves:
Os vírus são:
Ø  Parasitas intracelulares obrigatórios que utilizam a maquinaria da célula do hospedeiro para a sua replicação.
Ø  Contêm um cerne de ácido nucléico circundado por um capsídeo protéico; em alguns vírus, o capsídeo é circundado por um envoltório.
Ø  Penetram nas células do hospedeiro através de sua ligação inicial a receptores existentes sobre a célula do hospedeiro; a seguir as partículas virais penetram por endocitose mediada pelos receptores ou atravessam a membrana da célula hospedeira através de depressões revestidas com proteínas ou de fusão com a membrana celular (vírus com envoltório).
Ø  Possuem RNA ou DNA de fita simples ou dupla que, após adsorção do vírus no interior da célula  do hospedeiro, é traduzida, resultando na formação de proteínas virais.
Ø  Montam novas partículas virais no interior da célula do hospedeiro, que são então liberadas durante a lise celular ( vírus sem invólucro)  ou através de brotamento ( vírus com envoltório).
     A infecção viral:
Ø  Pode ser lítica, latente ou crônica.
Ø  Pode ser adquirida de outros seres humanos ou do meio ambiente; as vias de contato direto incluem contato sexual e transmissão vertical, enquanto as vias ambientais incluem as respiratórias (aerossóis), gastrintestinal (contaminação orofecal) e transcutânea (inoculação).
Ø  Caracteriza-se freqüentemente por  um período de  incubação; o vírus replica-se  no interior do hospedeiro.
Ø  Pode disseminar-se através dos nervos para o sistema nervoso e através do sangue para muitos órgãos. Muitos vírus utilizam múltiplas vias para sua disseminação.
Ø  É interrompida no hospedeiro primariamente através da imunidade celular.
Ø  Pode ser diagnosticada através de cultivos em culturas de células, ovos embrionários ou animais e através de coloração imunocitoquimica e identificação das partículas ou antígenos virais em amostras de tecidos.
 A diferença fundamental entre os vírus e todos os demais agentes infecciosos reside no seu mecanismo de reprodução. Em contraste com as formas celulares de vida, os vírus não se dividem absolutamente. A replicação do vírus é efetuada pela maquinaria celular  do hospedeiro, que sintetiza múltiplas copias do genoma e das proteínas virais. Esses componentes virais  se reúnem espontaneamente no interior da célula do hospedeiro, formando partículas virais. Os vírus não dispõem de nenhum mecanismo para produzir                                         energia e contêm, quando muito, poucas enzimas. Por conseguinte,os vírus dependem totalmente da células hospedeiras, trata se parasitas intracelulares obrigatórios. Os vírus são patógenos importantes de praticamente todas as formas de vida, incluindo seres humanos  e outros animais, plantas, fungos e bactérias.por serem relativamente fáceis de estudar, os vírus desempenham um papel chave como modelos em biologia molecular.
Os vírus são pequenos, embora os maiores ( como, por exemplo, os vírus da varíola) sejam visíveis com dificuldade ao microscópio óptico situem- se dentro da faixa de menor tamanho das bactérias (por exemplo, micoplasmas ou clamídias). Os vírus variam tanto no seu volume, dentro de uma faixa de até 1.000 vezes, quanto na sua estrutura, que pode ser relativamente simples a muito complexa.



Estrutura e classificação dos vírus

Uma partícula viral, denominada virion, contém um cerne de DNA ou de RNA circundado por uma camada de proteína e, em alguns casos, por um envoltório lipídico. Os menores genomas virais codificam três ou quatro proteínas, enquanto os genomas maiores codificam mais de 50 proteínas estruturais e enzimas. O numero de proteínas codificadas pode ser maior do que o previsto pelo tamanho do ácido nucléico, devido ao arranjo econômico de alguns genomas virais; assim, o mesmo trecho de ácido nucléico pode conter múltiplas estruturas de leitura aberta e/ou regiões superpostas que podem ser transcritas em vários mRNA distintos. Os geneticistas tem determinado  a seqüência nucleotídica de parte ou de todo o genoma de muitos vírus.
O acido nucléico viral é circundado por um capsídeo , isto é, um envoltório protéico simples ou duplo. Em seu conjunto, o acido nucléico e o capsídio são denominados nucleocapsídio.  
Os capsídios são compostos por subunidades respectivas menores (capsômeros) dispostas em padrões simétricos. As subunidades repetidas de proteínas virais organizam-se em virions maduros.
Os capsômeros exibem dois padrões fundamentais de simetria estrutural do capsídio: icosaédrico e helicoidal. Os vírus com simetria icosaédrico contem um numero definido de subunidades estruturais (20 faces triangulares e 12 vértices), enquanto esse numero vaia nos vírus com simetria helicoidal. Em geral, os vírus com simetria icosaédria seguem princípios simples de organização geométrica. Nesses vírus, o acido nucléico costuma ser condensado e é geometricamente independente do capsidio circundante. Os  retrovirus  como o HIV, o vírus responsáveis pela AIDS, possuem simetria mista: icosaédrica no capsídio e helicoidal no cerne de acido nucléico. Alguns dos vírus maiores, como o vírus da varíola, exibem padrões estruturais ainda mais complexos.
Os vírus humanos com simetria helicoidal invariavelmente possuem genomas de RNA. Uma característica geral desses vírus é a de que as subunidades protéicas do capsídio estão ligadas de modo regular e periódico ao longo do RNA. Em acentuado contraste com as interações frouxas observadas nos vírus com simetria icosaédrica, essa estreita interação impõe restrições a organização ou á montagem do vírus.
Muitos vírus possuem um envoltório que circunda o nucleocapsídio. Esses vírus são denominados vírus com envoltório ou envelopados; os vírus sem envoltório são denominados vírus sem envoltório ou não-envelopados. O envoltório viral é composto de proteínas específicas do vírus, juntamente com lipídios e carboidratos derivados das membranas da célula hospedeira, como, por exemplo, membrana nuclear,  reticulo endoplasmático, complexo de Golgi ou membrana plasmática.  Em alguns casos, as proteínas do envoltório específicas do vírus incluem uma proteína de matriz (proteína M), por que reveste a superfície interna do envoltório e esta em contato com o núcleocapsídio. As glicoproteínas especificas do vírus podem ejetar-se através da superfície externa do envoltório, formando estruturas conhecidas como espículas. Certos vírus contêm glicoproteínas de superfície que aglutinam os heritrócitos (hemaglutininas) através de sua ligação a receptores na sua superfície  do eritrócito.
Grande número de vírus possui atividades enzimáticas associadas ao
virion, dependendo da estratégia empregada para a replicação de seus ácidos nucléicos. A enzima viral que atua na formação de mRNA vírus-específico, que é necessária para a síntese  de todas as proteínas virais, pode ser uma RNA-polimerase RNA-dependente (RNA-transcriptase) ou uma RNA-polimerase DNA-dependente. Os retrovírus contem uma DNA-polimerase RNA-dependente conhecida como transcriptase reversa. Alguns vírus possuem enzimas de processamento do mRNA, como as “enzimas de cobertura” (“capping enzymes”),que modificam os mRNA virais em sua extremidade 5 através da adição de um “envoltório” de metilguanosina, ou enzimas que efetuam a poliadenilação da extremidade 3’ do mRNA viral. Outras enzimas codificadas pelo vírus incluem proteína-quinases, nucleosídio trifosfato-fosfateses, endonucleares e RNAses. Certos vírus, como os da influenza, apresentam enzimas em sua superfície (neuraminidase), que estão envolvidas na sua fixação á células hospedeiras.
Os principais vírus que provocam doença nos seres humanos pertencem a cerca de uma dúzia de diferentes famílias, contendo centenas de espécies. Cada espécie freqüentemente possue diversas cepas individuais, que diferem na sua virulência e nas suas propriedades antigênicas (sorotipos).os vírus são classificados utilizando uma combinação de fatores genéticos, fisicoquimicos e biológicos. Esses fatores incluem o tipo e a estrutura do ácido nucléico viral ( RNA ou DNA de fita simples ou dupla), a natureza da ultra-estrutura do virion ( incluindo tamanho, tipo de simetria do capsídio e a presença ou a ausência de envoltório), bem como a sua estratégia para a replicação do genoma. Em muitos casos, os estudos de mocrografias eletrônicas proporcionam informações suficientes para identificar tanto a família quanto o gênero a que pertence determinado vírus. As subdivisões dentro desses grupos taxonômicos principais baseiam- sem, em geral, em características imunológicas, citopatologicas, patogênicas ou epidemiológicas. A classificação atual dos vírus provavelmente devera  ser reformulada á medida que conhecimentos mais amplos sobre as seqüências  de seus ácidos nucléicos permitem uma avaliação do grau de seu relacionamento genético.


CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA

A classificação e a nomenclatura de vírus é, ainda hoje, um ponto controvertido. Inicialmente, os vírus foram denominados de acordo com o nome da doença que ocasionavam e, apesar de muitas tentativas de introduzir novas nomenclaturas científicas, é, ainda, a mais universalmente adotada entre os fitopatologistas. Assim se conhecem, por exemplo, o vírus do mosaico do fumo (VMF ou TMV), o vírus da vira cabeça do tomateiro, o vírus da tristeza do Citrus, o vírus do mosaico comum do feijoeiro, etc. Evidentemente, tal nomenclatura foge à regra geral de denominação de outros agentes causadores de doenças e pode-se considerá-la comum ou vulgar (nome comum do citros). Como se pode observar, essas denominações comuns se baseiam principalmente em sintomatologia das doenças ocasionadas e sendo a sintomatologia um caráter variável, de acordo com o ambiente e com hospedeiro, levou a muitas confusões, um mesmo vírus (como o TMV e o vírus do mosaico das cucurbitáceas) sendo identificadas várias vezes como vírus novos.
Johnson (1927), observando que sintomas, quando apropriadamente interpretadas em estudos comparativos, tinham características diagnosticas de algum valor para classificar os vírus do fumo, mas que era difícil dar um nome descritivo para todos os vírus que ocorrem num determinado hospedeiro, sugeriu uma nomenclatura baseada em hospedeiro e prioridade de constatação. No seu sistema o vírus do mosaico do fumo (VMF) se denominaria Tabaco vírus 1 e os outros vírus do fumo receberia um número em ordem de sua descoberta, Tal sistema não tem, atualmente, nenhum valor, pois um número nada caracteriza e o grande número de vírus de um determinado hospedeiro dificulta a associação com características importantes dos vírus.
Smith (1937) propôs a latinização do sistema de Johnson e , assim, o VMF se
denominaria Nicotina  vírus 1 , mantendo-se, ainda, as mesmas desvantagens do sistema de Johnson.
Bennett (1939) sugeriu a substituição dos números por um termo que
Caracterizasse uma propriedade importante do vírus e o VMF se chamaria Toba c c ovírus altathermusou Nicotiana vírus altathermus (elevado ponto térmico de inativação). Se em investigações subseqüentes se provasse que o vírus fossem organismos vivos, adotar-se-ia a denominação binomial Paracrystalis altathermus ; se, pelo contrário, se provasse serem os vírus compostos químicos, o VMF, por exemplo, se denominaria Altathermovir.
Holmes (1939) sugeriu a nomenclatura binomial - trinomial latinizada pela qual o VMF se denominaria Marmor tabaci e suas linhagens M. tabaci var. vulgare.
sistema de classificação tem as vantagens de agrupar os vírus de acordo com similaridades fundamentais como testes sorológicos, e imunológicos e tipos de doença.
Fawcett (1940) propôs a nomenclatura binomial em que o nome genérico era obtido do hospedeiro mais o sufixo vir e o nome específico de alguma característica da virose ou do vírus.
Assim, o vírus da sacarose do Citrus foi denominado de Citrivir psorosis, o vírus do vira-cabeça da beterraba Betavir eutetticola etc.
Além dessas nomenclaturas foram sugeridas muitas outras mas nenhuma conseguiu aceitação geral, estando, ainda hoje, a taxonomia de vírus num verdadeiro caos. Entretanto, já há um esforço, em âmbito internacional, visando padronizar a nomenclatura e a classificação dos vírus. Nesse sentido, o Comitê Provisório de Nomenclatura de vírus (P.C.N.V.) da Associação Internacional das Sociedades Microbiológicas (1965) recomendou a adoção provisória do sistema de classificação de Lwoff, Horne e Tournier (L.H.T.), por ser, no momento, aparentemente, o mais adequado.
O sistema L.H.T., caracteriza os vírus como entidades que exibem durante o seu "ciclo vital" uma partícula infecciosa contendo apenas um tipo de ácido nucléico. Baseia-se, principalmente, em natureza do ácido nucléico, morfologia, estrutura e simetria das partículas de vírus. Primeiramente, os vírus são em dois grupos:D- (deoxyvira), contendo DNA eR- (ribovira), contendo RNA. Esses grupos são subdivididos, de acordo com sua simetria, emH- com simetria helicoidal (classes Deoxyhelica e ribohelica).C- com simetria cúbica (classe Deoxybinala). Todos os virions pertencem a uma das duas categorias:N- capsídeo sem envólucro e, capsídeo com envólucro. Os grupos são posteriormente subdivididos, de acordo com o número de capsômeros, para os virions RCN, 32c. O quadro abaixo mostra o sistema L.H.T. sugerindo pelo P.C.N.V.
A nomenclatura proposta por PCNV baseia-se nomes latinos ou grego-latinizados, escolhendo-se uma espécie típica para cada gênero. A espécie típica dá o nome à família. Os nomes genéricos terminam em vírus. Exp. Protovirus tabaci (TMV).
Os nomes das famílias, derivadas dos nomes genéricos, terminam em VIRIDAE. EXP. FAM. Protoviridae (T.M.V.).

Bacteriófagos
Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam somente organismos procariotos. São formados apenas pelo nucleocapsídeo, não existindo formas envelopadas. Os mais estudados são os que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli, conhecida como fagos T. Estes são constituídos por uma cápsula protéica bastante complexa, que apresenta uma região denominada cabeça, com formato poligonal, envolvendo uma molécula de DNA, e uma região denominada cauda, com formato cilíndrico, contendo, em sua extremidade livre, fibras protéicas.
A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais vírus, ocorre somente no interior de uma célula hospedeira.
Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. Esses dois ciclos iniciam com o fago T aderindo à superfície da célula bacteriana através das fibras protéicas da cauda. Esta contrai-se, impelindo a parte central, tubular, para dentro da célula, à semelhança, de uma microsseringa. O DNA do vírus é, então, injetado fora da célula a cápsula protéica vazia. A partir desse momento, começa a diferenciação entre ciclo lítico e ciclo lisogênico.
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo).
No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes. Sob determinadas condições, naturais e artificiais (tais como radiações ultravioleta, raios X ou certos agentes químicas), uma bactéria lisogênica pode transformar-se em não-lisogênica e iniciar o ciclo lítico.


Replicação dos Vírus

As etapas no processo de replicação dos vírus incluem a infecção de uma célula suscetível, a reprodução do ácido nucléico e das proteínas e a montagem e liberação da progênie infecciosa. A diversidade estrutural e genérica dos vírus reflete- se na variedade de estratégias utilizadas pelos vírus para sua replicação.

Fixação e Penetração

O primeiro estagio da infecção viral de células-alvo começa com a adsorção das partículas virais e termina quando se formam os primeiros vírus infecciosos. Durante esse estágio, denominado período de eclipse, ocorre uma acentuada queda na quantidade de vírus infecciosos passiveis de vírus isolados de células lisadas.
As primeiras etapas na fixação do vírus ás células hospedeiras consistem na adsorção, uma etapa inicialmente reversível resultante de colisões aleatórias entre vírus e células-alvo. Cerca de uma em 103 a 104 dessas colisões resulta numa ligação mais firme do vírus. Apesar de a fixação do vírus exigir condições iônicas e de pH apropriadas, independente amplamente da temperatura e não necessita de energia. A próxima etapa envolve a ligação especifica de proteínas
virais a receptores existentes sobre a superfície da célula hospedeira.
A estrutura do virion que medeia à fixação celular foi identificada para diversos vírus. Para os vírus com envoltório, a proteína de fixação viral consiste em uma das espículas inseridas na superfície externa do envoltório viral, como a hemaglutinina dos vírus da influenza. Alguns vírus com envoltório, como os vírus do herpes e o vírus da vacínia, possuem mais de um tipo de proteínas de fixação. Nos vírus sem envoltório, os peptídios de superfície freqüentemente funcionam como proteínas de fixação viral. 
A natureza dos receptores celulares para os vírus animais só foi estabelecidas em poucos casos específicos. Mesmo quando o receptor específico  continua sendo desconhecido, é possível identificar “famílias” ou classes de receptores celulares através de estudos de ligação por competição. Os vírus da mesma espécie, porem de diferente sorotipos, podem competir pelos mesmos receptores da mesma classe ( por exemplo, poliovírus do sorotipo 1, 2, 3) ou de diferentes classes ( por exemplo, rinovírus humano 2 e 14). Os vírus de diferentes famílias também podem competir pela mesma classe de receptores. Os estudos de ligação sugerem que existem aproximadamente 104   a 106   sítios de ligação de vírus ( receptores) por célula.
Uma vez ocorrida a adsorção, o virion em sua totalidade ou uma subestrutura contendo o genoma viral e polimerases do virion devem ser transportados para o interior da célula através da membrana plasmática da célula do hospedeiro. A taxa de penetração depende da natureza do vírus, do tipo de célula do hospedeiro e de fatores ambientais, como a temperatura.alguns vírus sem envoltório, como poliovírus, sofrem um processo de endocitose mediada pelo receptor ( viropexia) e aparecem no citoplasma, no interior de vesículas endocíticas ( endossomas). Outros vírus sem envoltório  utilizam pelo menos  duas estratégias para sua penetração. A primeira delas é exemplificada pelo vírus de Floresta Semliki. Esse vírus liga-se a receptores específicos da superfície celular  que, a seguir, se agregam em locais distintos da membrana plasmática formando as depressões revestidas e são internalizados por endocitose mediada por recetor.subsequente os viirions aparecem no interior de vesículas revestidas de clatrina no interior  citoplasma da célula hospedeira. A seguir, o envoltório viral funde-se  com a membrana endossomal, liberando o núcleo capsídio viral no citoplasma. Uma segundo mecanismo de penetração do vírus com envoltório é exemplificado pelos paramixovirus ( por exemplo, virus sendai), em que ocorre fusão direta do envoltório viral com a membrana plasmática da célula, com conseqüente liberação do núcleocapsídio viral livre no citoplasma.
A próxima etapa no processo de replicação viral é o desnudamento, processo de remoção ou desagregação de parte ou de todo o capsídio viral, de modo que o genoma viral se torne acessível aos processos de transcrição e de tradução da célula hospedeira. Em muitos vírus, a penetração e o desnudamento ocorrem simultaneamente. Certos vírus sofrem uma alteração na estrutura de seu capsídio, resultando em perda de uma proteína interna quando atravessam a membrana plasmática. As alterações estruturais associadas á perda dessa proteína podem facilitar a penetração do ácido nucléico viral no citoplasma.
Os vírus sem envoltório podem induzir fusão dos lisossomas com o endossoma, com conseqüente remoção de seus capsídios pelas enzimas lisossomais.
Em certos reovírus as proteases endossomais removem seqüencialmente as proteínas externas do capsídio, produzindo uma “partícula subviral”. Durante esse processo, ocorre a ativação da trancriptase viral. O desnudamento dos poxvírus, como o vírus da vacina, ocorre em duas etapas: em primeiro lugar, a camada protéica externa é degradada por vacinas endossomais e, por fim, o núcleo capsídio  remanescente é degradado, liberando o DNA viral.

 

Montagem do vírus e liberação da célula hospedeira
Após o término da replicação do genoma viral e da síntese de proteínas virais, os virions intactos são montados e liberados da célula hospedeira.
A montagem do vírus sem envoltório e do nucleocapsídio dos vírus com envoltório freqüentemente ocorre por auto-organização dos capsômeros virais em arranjos semelhantes a cristais. Uma vez formado, o capsídio é preenchido com o ácido nucléico viral para produzir um virion viável. Em geral, os virions sem envoltório são liberados quando ocorre lise da célula. Os eventos que leva a ruptura da célula incluem inibição da síntese de macromoléculas e lipídios da célula hospedeira, desorganização do citoesqueleto e alteração da estrutura da célula hospedeira. A desorganização da membrana pode resultar em aumento da permeabilidade celular e em liberação de enzimas proteolíticas dos losossomas. A incapacidade da célula hospedeira de restauras as moléculas de substrato ricas em energia inibe a função das bandas de transporte de íons e compromete o transporte de nutrientes essenciais e produtos de degradação celulares.
Tipicamente, os vírus com envoltório são liberados das células infectadas por brotamento. Esse processo pode ou não ser letal para a célula. Em todos os casos, as proteínas específicas do vírus inseridas nas membranas da célula hospedeira desloca alguns de seus componentes protéicos normais, resultando na reestruturação da membrana. A seguir, os capsídios virais podem ligar-se a proteína da matriz vírus-específicas que revestem o lado citoplasmático dessas porções alteradas de membrana. Nos menores vírus com envoltório, togavírus, os capsídios ligam-se diretamente a domínios intracitoplasmáticos de proteínas virais inseridas na membrana da célula hospedeira, e não a proteínas da matriz.

Vírus patogênico
Como parasitas, os vírus provocam muitas doenças nos seres vivos. Ao invadirem as células de um indivíduo, eles prejudicam o funcionamento normal dessas células e, conseqüentemente, provocam doenças.
Principais viroses humanas: gripe, hepatite (A, B e C), caxumba, sarampo, varicela (catapora), SIDA (AIDS), raiva (hidrofobia), dengue, febre amarela, poliomielite (paralisia infantil), rubéola, meningite, encefalite, herpes, febre hemorrágica, pneumonia, HLTV, gripe suína, etc. Recentemente foi mostrado que o câncer cervical é causado ao menos em partes pelo papilomavirus (que causa papilomas, ou verrugas), representando a primeira evidência significante em humanos para uma ligação entre câncer e agentes virais.
Poliomielite
A poliomielite é uma doença causada por um enterovírus, denominado poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3).  É mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos. A transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos.



Conclusão
Vírus é uma partícula basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle de uma celula. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bactéria e archaea). Os vírus não são constituídos por células, mas dependem delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução. Vírus tipicamente consistem de uma cápsula de proteína chamada capsídeo, que armazena e protege o material genético viral. O envelope, normalmente derivado da membrana celular do hospedeiro anterior, envolve o capsídeo em alguns vírus, enquanto em outros não existe, sendo o capsídeo a estrutura  externa. Ele protege o genoma viral contido nele e também provém o mecanismo pelo qual o vírus invade seu próximo hospedeiro. Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou realizar qualquer atividade biossintética.
Porém, não têm metabolismo próprio, por isso deveriam ser consideradas “partículas infecciosas”, ao invés de seres vivos propriamente ditos.
As doenças causadas por vírus incluem a caxumba, raiva, rubéola, sarampo, hepatite, dengue, poliomielite, febre amarela. Também há a gripe, que é causado por uma variedade de vírus; a varicela ou catapora; varíola; meningite viral; AIDS, que é causada pelo HIV.

Bibliografia